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Cambará

História

Até o início do século passado, as terras às margens do Alambari eram raramente visitadas, até mesmo por caçadores em busca da caça farta existente na região. Depois, a exuberância da terra, a descoberta da madeira de lei e a abundância da árvore nominada Cambará, própria das terras roxas e férteis apropriadas para o cultivo do café, fez com que a região tivesse um fluxo muito grande de pessoas, principalmente de imigrantes japoneses. A notícia da fertilidade do solo da região rapidamente se espalhou, dando conta que “ali o dinheiro se tirava até de árvores, que se raspava com o rodo, pois esta era, realmente, a verdadeira terra da promissão”.

O movimento colonizador da cidade de Cambará iniciou-se no ano de 1904 quando Alexandre Domingues Caetano, conforme escritos de Monsenhor João Belchior, chegou à região num carro de bois e se estabeleceu às margens do rio, próximo a uma aldeia de índios, de índole pacífica, com os quais manteve um bom relacionamento. Em seguida, chegou também Francisco Moreira, dando início à povoação. O coronel Batista vendeu ao Sr. Francisco Moreira uma área de cinqüenta alqueires por 25 mil réis, e mais tarde outros cinqüenta alqueires já então a 50 mil réis demonstrando a rápida valorização. Nessa terra, Chico Moreira formou um sítio transferindo de Jacarezinho sua residência, passando a residir ali com sua família. Através da floresta bruta, com a maior dificuldade, abriu um picadão até o brejão, estabelecendo assim uma ligação do sítio com a vila emergente de Jacarezinho.

O povoado limitou-se, por muito tempo, a meia dúzia de choupanas cobertas de ramagem. A notícia da fertilidade das terras atraiu para o local outros desbravadores que, pouco a pouco, foram fixando a residência em choupanas esparsas ao longo da floresta, como Vigilato Barbosa, José Soares (o José Pechincha), Francisco Lopes, João Pires, José Ferreira de Paula Garcia (o José Salviano) e outros que também fizeram a história de Cambará.

À medida que o tempo passava, o povoado ia recebendo outros moradores, formando assim um núcleo de colonização com o nome de Alambari, nome do ribeirão que banhava o lugar e que hoje corta a cidade de Cambará.

Uma vez que o povoado de Alambari era parte integrante do município de Jacarezinho, o coronel Joaquim Severo Batista, um dos pioneiros da referida cidade, veio para o norte do Paraná em busca de terras devolutas que estavam sendo doadas pelo governo do estado, com o apoio do Dr. Arbue, político e amigo do governador Visconde de Tauna, conseguindo uma gleba de terras de aproximadamente 42.000 alqueires, delimitadas pelos rios Paranapanema, Cinzas e Laranjinhas, sendo a documentação de posse datada de 1.885. Deste lote, Joaquim Severo Batista fez, no ano de 1.908, uma doação à prefeitura de Jacarezinho de dez alqueires, situada à margem esquerda do rio Alambari, dividido em lotes e posto a venda para a formação da nova cidade. Desta extensão de terras foi demarcado pelo coronel Severo Batista um quarteirão para a futura construção da igreja matriz. A curiosidade é que esta demarcação foi feita de forma verbal, valendo o fio de bigode.

Devido à fertilidade e à exuberância das terras das imediações da povoação onde numerosas fazendas agrícolas encontravam-se em promissora formação, o governo do estado, em março de 1920, cria o distrito judiciário de Cambará, no município de Jacarezinho, fixando os limites físicos e concedendo-lhe definitivamente o nome de Cambará por causa de uma planta do mesmo nome que existia em abundância na região.

O desenvolvimento do distrito de Cambará era crescente. Milhares de operários desbravavam as florestas, substituindo por fazendas agrícolas, onde com esmero se plantava café, o ouro verde de então. O milho e o feijão também faziam parte da cultura local.

Por causa desse franco desenvolvimento, a Câmara Municipal de Jacarezinho, através do camarista Leovegildo Barbosa Ferraz, justificou por meio de um memorial o pedido para elevação do distrito de Cambará a categoria de município.

E assim Cambará, em face desta representação, conquistou o direito de ser administrada por si própria, sendo elevada a município em 28 de março de 1923. A instalação solene do município ocorreu às doze horas do dia 21 de setembro de 1924.

Em virtude da influência política e de sua enorme dedicação a Cambará, o major Antônio Barbosa Ferraz foi nomeado o primeiro prefeito da cidade.

O major Antônio Barbosa Ferraz Junior, menos de dois meses após ser empossado na função de prefeito, licenciou-se deixando em seu lugar o camarista José Antônio Marcondes Machado, que comandou os destinos de Cambará até primeiro de agosto de 1929, quando renunciou, reassumindo o cargo o major Barbosa Ferraz.

 

Pontos Turísticos

Clube de Campo Scandolo

 

Espaço Cultural Nilza Furlan

 

Estação Ferroviária

 

Parque Alambari

 

Outros Dados

Fonte de Economia: Não Informado.

Encontro da Terceira Idade: Não Informado.

Foto Aérea de Cambará

Foto Aérea de Cambará

Clube de Campo Scandolo

Clube de Campo Scandolo

Clube de Campo Scandolo

Clube de Campo Scandolo

Espaço Cultural Nilza Furlan

Espaço Cultural Nilza Furlan

Estação Ferroviária, 1925

Estação Ferroviária, 1925

Parque Alambari

Parque Alambari

Imagem Satélite Cambará

Imagem Satélite Cambará

Prato Típico

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